Tendência da mortalidade por diabetes mellitus no estado do Tocantins

Resumo

Resumo – Foi realizado um estudo ecológico com base em dados secundários extraídos do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, sobre mortalidade por diabetes mellitus. Foram inclusos todos os óbitos por diabetes mellitus, residentes no estado do Tocantins no período de 2010 a 2020, e excluídos os registros com informações incompletas. Os resultados demonstraram mortalidade mais frequente em pessoas a partir dos 40 anos (97,2%), de ambos os sexos, cor parda/preta (69%), casados (36%), e com baixa escolaridade, sendo muitos não alfabetizados (37,4%). Análise de tendência demonstrou-se crescente para o período estudado (APC = 4,17; IC95% = 2,08 a 6,31; p = 0,001), assim como para ambos os sexos, faixas etárias até 29 anos (APC = 12,61; IC95% = 0,64 a 26,01; p = 0,04) e de 40 a 49 anos (APC = 4,03; IC95% = 0,96 a 7,20; p = 0,01). Também foi crescente a tendência para as regiões de saúde: Bico do Papagaio (APC = 5,83; IC95% = 1,53 a 10,33; p = 0,01), Meio Norte Araguaia (APC = 6,78; IC95% = 5,74 a 7,83; p = 0,000), Ilha do bananal (APC = 9,15; IC95% = 3,44 a 15,18; p = 0,005) e Amor perfeito (APC = 5,47; IC95% = 0,16 a 11,07; p = 0,04). Sendo assim, este trabalho aponta para a necessidade urgente de ações de promoção e prevenção da saúde procurando meios de reduzir as comorbidades e morbimortalidade por diabetes no estado do Tocantins.

Palavras-chave: Diabetes mellitus. Mortalidade. Série Temporal. Epidemiologia.