Uso de psicotrópicos na atenção básica: uma revisão integrativa da literatura
Palavras-chave:
Medicalização. Problemas Sociais. Saúde MentalResumo
O uso de psicotrópicos na atenção básica tem se intensificado nas últimas décadas, tornando-se um fenômeno de relevância crescente para a saúde pública. Desta maneira, esse estudo possui como objetivo descrever os fatores que contribuem para o aumento do uso de psicotrópicos na atenção básica por meio da revisão de literatura. A presente pesquisa trata-se de uma revisão de literatura narrativa. A busca por artigos científicos foi realizada nas bases de dados eletrônicas: PubMed; SciELO (Scientific Electronic Library Online); LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde); Google Acadêmico. Foram incluídos estudos publicados nos últimos 05 anos, escritos em português e/ou inglês. Neste estudo foram selecionados um total de 15 (quinze) publicações. A partir da revisão de literatura realizada, constatou-se que o aumento do uso de psicotrópicos na atenção básica está relacionado a uma multiplicidade de fatores interligados, que vão desde aspectos estruturais do sistema de saúde até questões socioculturais e econômicas. Dentre os principais fatores identificados, destacam-se a medicalização de problemas sociais, a sobrecarga dos profissionais da atenção primária e a escassez de oferta de serviços em saúde mental, como acompanhamento psicológico e terapias não farmacológicas. Observou-se também a influência de um modelo biomédico hegemônico, que privilegia intervenções medicamentosas em detrimento de abordagens psicossociais mais amplas e integradas
